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Plano de Gestão de Resíduos - Centro Regional de Liderança da Mandioca: Malanje-Angola

Plano de Gestão da Biodiversidade - Centro Regional de Liderança da Mandioca: Malanje-Angola

RESUMO

A necessidade de fortalecimento da ligação entre a investigação e a extensão (inv&ext) em Moçambique é evidente em vários documentos do setor agrário, desde a década de 1990, e há desconforto na adoção dos modelos de reforço da ligação que têm sido propostos, porque se acredita que existem mecanismos funcionais, ao nível local, que nunca foram considerados e nem estão documentados. A corrente pesquisa analisou as práticas de colaboração e comunicação entre a inv&ext agrária nas províncias de Maputo e Nampula, envolvendo uma amostra de 144 técnicos. A pesquisa revelou que existe uma comunicação frequente e regular entre a inv&ext que tem sido direta e informal. Alguns fatores ligados ao fraco financiamento das atividades de ligação, desmotivação dos técnicos para cooperar, falta de partilha de informação e conhecimentos influenciam negativamente a relação entre estes dois setores.

Palavras-Chave: geração e disseminação das tecnologias; ligação investigação e extensão; partilha de informação, Moçambique.

ABSTRACT

The need to strengthen the linkage between research and extension in Mozambique is evident in several documents of the agricultural sector, since the 1990s. However, there is a discomfort in the adoption of the proposed models for strengthening the linkage, because it is believed that there are functional mechanisms, at the local level, that have never been considered and are not documented. The current research analyzed the collaboration and communication practices between agricultural research and extension in the provinces of Maputo and Nampula, involving a sample of 144 technicians. The survey revealed that there is frequent and regular communication between research and extension, which has been direct and informal. Some factors like the weak funding of linkage activities, lack of motivation of technicians to cooperate, lack of information and knowledge sharing, negatively influence the relationship between these two sectors.

Keywords: generation and dissemination of technologies; research and extension linkage; sharing information, Mozambique.

Este calendário ilustra os passos a seguir cronológicamente na produção de batata no ano agrícola 2020-2021 no âmbito da implementação do projecto MOSAP II em Angola.

Este folheto foi produzido no âmbito da implementação do projecto MOSAP II em Angola nas províncias do Huambo, Bié e Malanje para consciencializar os Extensionistas, Agricultores e Camponeses beneficiários do projecto e não só.

Esta publicação foi elaborada no âmbito do Projecto de Apoio Técnico aos Programas de Nutrição e Segurança Alimentar de Moçambique (PSAL), inserida na cooperação técnica trilateral entre Moçambique, Brasil e Estados Unidos que teve como foco principal o fortalecimento da cadeia produtiva, o aumento da produção e a melhoria da qualidade das hortícolas produzidas em Moçambique, através da implantação de novas tecnologias de cultivo e de processamento visando o o incremento da oferta de alimentos e a diversificação da dieta alimentar das famílias. Este manual tem como finalidade de divulgar os principais resultados  alcançados pelo Projecto PSAL, tendo como alvo todos os profissionais ligados à  cadeia de valor das hortícolas em Moçambique.

A provisão de semente básica de boa qualidade e em quantidade que satisfaça a demanda dos diferentes clientes é um imperativo para garantia da segurança alimentar. Nos últimos dez anos o IIAM libertou várias variedades de arroz, nomeadamente: Simão, Tumbeta, Huwa, Nene, Limpopo, Macassane, Muyaki, V-Moz, Vassamate, L38, Oziveliwa, Ofoanhela, Mucelo e Tchulula. Apesar deste avanço, a cadeia de fornecimento da semente de arroz é dominada pelo sistema informal que prove cerca de 98% da semente utilizada pelos produtores. Não obstante, o IIAM pretende aumentar o uso de semente melhorada pelos produtores através da produção e venda de semente básica de arroz a diferentes clientes (produtores de semente). Usou-se a abordagem de Diagnóstico Rural rápido (Rapid Rural Appraisal) operacionalizada em três etapas: a primeira consistiu da revisão de documentos relevantes para este exercício. A segunda etapa compreendeu a planificação e o desenvolvimento dos instrumentos de recolha de dados e informações e a terceira compreendeu a realização do trabalho de campo. Para o trabalho de campo, uma equipa de técnicos do CESE deslocou-se à Província de Zambézia, nos distritos de Namacurra e Nicoadala entre os dias 25 e 30 de Abril de 2021. Em Namacurra, no CLiPA a equipa realizou duas secções de trabalho com os técnicos do IIAM do sector de arroz com o objetivo de analisar a estrutura de mercado, produzir a carta tecnológica e a viabilidade económica preliminar do negócio. Também foram entrevistados 15 produtores, com objetivo de captar suas experiências e expectativas em relação a produção e negócio de semente de arroz. Para análise da viabilidade económica e financeira do projeto foram usados os seguintes indicadores: Valor Atual Líquido (VAL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e o rácio Benefício Custo (B/C). Os resultados das análises efectuadas sugerem que a produção de semente básica de arroz no CLiPA é rentável apresentando uma TIR de 13,35% e VAL de 80,024,501.34MT e 65,224,042.24MT (a 12% e 15% respectivamente). Contudo, apesar do potencial em termos de pessoal técnico especializado, solos adequados, fontes de água próximas, boas infraestruturas e equipamentos tanto de produção como beneficiamento da semente mercê do apoio do APPSA é necessário tomar atenção do risco climático que precisa de ser gerido com cuidado.

A provisão de semente básica de boa qualidade e em quantidade que satisfaça a demanda dos diferentes clientes é um imperativo para garantia da segurança alimentar. Nos últimos dez anos o IIAM libertou várias variedades de arroz, nomeadamente: Simão, Tumbeta, Huwa, Nene, Limpopo, Macassane, Muyaki, V-Moz, Vassamate, e L38. Estas variedades são adaptadas às condições agroecológicas de Moçambique e demonstraram maior rendimento potencial, tolerância a pestes e doenças e são preferidas pelos produtores e consumidores. Apesar deste avanço, a cadeia de fornecimento da semente de arroz é dominada pelo sistema informal que prove cerca de 98 % da semente utilizada pelos produtores. O IIAM pretende aumentar o uso de semente melhorada pelos produtores através da produção e venda de semente básica de arroz a diferentes clientes (produtores de semente).
O estudo consistiu no levantamento de dados por meio diagnóstico rural rápido (Rapid Rural Appraisal) aos produtores de semente básica em de Matutuine, regadio de Chókwè e Limpopo e na EAC. 
A pesquisa compreendeu três etapas: a primeira consistiu da revisão de documentos relevantes para este exercício. A segunda etapa compreendeu a planificação e o desenvolvimento dos instrumentos de recolha de dados e informações e a terceira compreendeu a realização do trabalho de campo. Para o trabalho de campo, duas equipas deslocaram-se a Matutuine e Chókwè entre os dias 13 e 16 de Outubro e 25 e 31 de Outubro de 2010, respectivamente. No Chókwè, à equipa realizou duas secções de trabalho com os técnicos do IIAM do sector de arroz para análise situacional, e da estrutura de mercado, carta tecnológica e viabilidade económica preliminar do negócio. Na sequência, a equipa de pesquisa realizou entrevistas semiestruturadas a intervenientes-chave da cadeia de semente no Regadio do Chókwè (SDAE; Laboratório de Sementes, e os produtores). 
No Chókwè, de um total de 20 produtores de semente de arroz da lista fornecida pelo Laboratório de Sementes, 19 foram entrevistados para captar suas experiências e expectativas em relação a produção e negócio de semente de arroz. Para análise da viabilidade económica e financeira do projeto foram usados os seguintes critérios: Valor Atual Líquido (VAL), Taxa Interna de Retorno (TIR) rácio Benefício Custo (B/C) e a Margem de contribuição (MC) .
Os resultados do estudo sugerem que o negócio de produção de semente básica de arroz representa uma oportunidade considerando que o arroz é bem conhecido e estabelecido na província de Gaza, e o arroz representa uma cultura de bandeira da região.
As análises foram feitas considerando dois contextos: (i) no caso em que não se consideram os custos de investimento e (ii) no caso em que se tem em conta os custos de investimento que têm a ver principalmente com os custos da reabilitação do regadio, efectuado em 2018 no âmbito do projecto APPSA. No caso em que não se consideram os custos de investimento os resultados sugerem em todos os cenários , a lucratividade positiva; O indicador margens das contribuições (MC) avaliadas por cenários, também teve resultados satisfatórios, mostrando-se estes suficientes para serem subtraídos e consecutivamente para o pagamento dos custos variáveis e custos fixos do negócio e ainda gerar lucros.
No cenário 1 o preço break-even point é 43 Meticais o quilo, sugerindo que o IIAM vendendo o quilo por 110Mt ultrapassou já o preço break-even point. Neste mesmo cenário o rendimento mínimo aceitável para a actividade ser rentável é de 1,551 quilos por hectar que igualmente o IIAM já ultrapassou porque actualmente o rendimento é 4,000 quilos por hectar.
Considerando os custos de investimento não é viável a produção de semente básica de arroz, o que pode estar relacionado ao baixo rendimento por hectar e perdas que se verificam na Estacão Agrária do Chókwè. A aquisição de auto-combinada demostrou ter a capacidade de melhorar a eficiência produtiva e como consequência dobrar as receitas líquidas. No entanto, a aquisição da auto-combinada não garantirá a obtenção do rendimento potencial das variedades; é preciso olhar pra outras questões técnicas, como o assoreamento das valas de drenagem, o controlo dos pássaros, de entre vários outros.
Com vista a aumentar a preposição de valor de mercado o estudo recomenda: (i) melhorarias nas infra-estruturas de armazenamento; (ii) aquisição de nova auto combinada; (iii) monitoria dos processos de produção/inspecção, e (iv) celebração de contractos antecipados de compra e venda com as empresas fomentadoras. O IIAM deve também explorar a oportunidade de expandir o negócio de semente básica para o Baixo Limpopo e Matutuine, onde existe um grande potencial.

Devido a necessidade de incrementar a produção e a produtividade agrária, principalmente nos países em desenvolvimento, há uma constante busca e introdução de novas abordagens de extensão agrária que se mostram cada vez mais eficientes na massificação do uso das práticas melhoradas de produção. A metodologia de Escola na Machamba de Camponês (EMC) é uma das mais recentes práticas de extensão introduzida nos países em desenvolvimento. Em Moçambique, esta metodologia foi introduzida a dez anos e está a cerca de oito anos a ser massificada pelo Programa Nacional de Segurança Alimentar – PANII. Passados dez anos da sua introdução em Moçambique, não existe informação estruturada que mostra se os produtores já treinados nas EMCs estão a partilhar com os não treinados, os conhecimentos e experiências adquiridas nos treinamentos, uma vez que a eficiência deste método se baseia na partilha de informação entre estes dois grupos. Para colmatar esta lacuna de informação foi conduzida a presente pesquisa com objectivo de saber se existe uma difusão dos conhecimentos introduzidos nas EMCs, dos produtores treinados para os não treinados e identificar os aspectos chaves que deverão ser considerados no processo de organização e condução das EMCs. A presente pesquisa piloto foi conduzida na província de Maputo, distrito de Matutuine. Este distrito, faz parte dos 12 distritos que estão a implementar as EMCs no âmbito do PAN II. Os dados da pesquisa foram colectados por meio de um questionário dirigido aos produtores treinados de quatro EMCs graduadas e aos produtores não treinados residentes nos quatro povoados onde foram implementadas as escolas e em quatro povoados vizinhos, não beneficiários de projecto de EMCs. No total foram inquiridos 244 produtores, dos quais 92 treinados e 152 não treinados. Os resultados da pesquisa mostram que apesar de uma grande assimilação dos conhecimentos disseminadas nas EMCs pelos treinados, há uma fraca difusão dos mesmos conhecimentos (dos agricultores treinados para os não treinados) para além de uma difusão selectiva dos conteúdos introduzidos. A fraca difusão poderá ter sido registada pelo facto de os grupos sociais que compõem a maioria da população do distrito nomeadamente as mulheres, os analfabetos e os pequenos agricultores, mostrarem-se ter menos probabilidade de receber as informações das escolas através dos treinados. Mas também, a fraca aplicação dos conhecimentos da EMC, pelos produtores treinados, terá contribuído para a sua fraca difusão, uma vez que há uma associação entre aplicação e difusão dos conhecimentos da EMC. Por outro lado, os resultados mostram que certos grupos sociais dos agricultores treinados nomeadamente: os que são membros das associações, os que frequentaram a escola, e os que têm acesso a uma fonte alternativa de rendimento mostraram-se ser mais activos no processo de difusão e recepção de informações das escolas. Em relação às redes sociais interpessoais mais usadas na difusão de informações da EMC chegou-se a conclusão de que são as constituídas por aproximação social e geográfica.